
Hoje você vai entender mais sobre o crédito educativo e como ele funciona no financiamento de cursos superiores por meio do FIES.
Entre as diversas opções de crédito disponíveis, o financiamento educacional foi uma das últimas a ganhar popularidade no Brasil.
A modalidade ganhou notoriedade no final dos anos 90, com o estabelecimento do Programa de Financiamento Estudantil (FIES), subsidiado pelo governo federal.
No entanto, o acesso a empréstimos para custear os estudos não se restringe apenas aos estudantes de baixa renda, que são priorizados pelo FIES.
As mensalidades de muitos cursos de graduação e pós-graduação em instituições de renome podem impactar significativamente o orçamento dos estudantes.
As linhas de crédito educativo permitem que os estudantes financiem até 100% do valor das mensalidades, estendendo o prazo de pagamento por anos após a conclusão do curso.
Durante o período de estudos, as prestações são mais acessíveis, tornando-se mais substanciais após a formatura, quando o beneficiário, em teoria, já está empregado.
Além dos juros, há a incidência de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e correção monetária, como ocorre em qualquer empréstimo convencional.
O FIES oferece melhores condições, taxa de juros de 3,4% ao ano e prestações iniciais de até 50 reais por trimestre, até 18 meses após a conclusão do curso.
Por outro lado, as taxas de juros em instituições bancárias privadas e correspondentes bancários costumam ser substancialmente mais altas.
Algumas linhas de crédito, como a da empresa Ideal Invest, a maior do setor de crédito educativo privado, têm custos superiores, embora ainda sejam competitivas.
Para ilustrar, alguém que opte por financiar 100% de um curso de Direito no IBMEC-RJ, com uma mensalidade de 1.535 reais, pode pagar ao longo de 10 anos…
Um curso de valor equivalente, financiado pelo FIES, não custaria mais do que uma vez e meia o valor do curso sem financiamento.
O crédito educativo privado pode ser uma alternativa para aqueles que não se encaixam nos critérios de renda do FIES ou para os que querem financiar cursos de pós-graduação.
Além disso, muitas vezes, instituições de ensino oferecem boas condições de financiamento para seus próprios alunos.
Na Fundação Getúlio Vargas (FGV-SP), por exemplo, os alunos pagam apenas correção monetária pelo IGP-M, sem juros.
É fundamental destacar que o financiamento estudantil difere substancialmente das bolsas de estudo, pois muitas vezes são erroneamente considerados iguais.
O financiamento é, de fato, um empréstimo voltado para aqueles que não podem arcar com o custo integral das mensalidades.
Então fazem esse financiamento justamente com esse intuito, durante a graduação, com a expectativa de reembolsá-lo no futuro, acrescido de juros.
Para aqueles que simplesmente não possuem recursos para custear os estudos, a opção de bolsa de estudo é uma alternativa, já que muitas delas oferecem essa facilidade.
Outra alternativa muito interessante é o Programa Universidade para Todos (ProUni), também subsidiado pelo governo federal…
Que concede bolsas de 50% e 100% em instituições privadas credenciadas a estudantes com renda familiar per capita de até três salários mínimos por mês.
Outro ponto que é importante lembrar também é que os estudantes que querem participar, tem que ter cursado o ensino médio em escolas públicas.
Nesse programa, a nota obtida no Enem também é um critério para a concessão de bolsas, e as inscrições podem ser realizadas pelo Portal ProUni.
O financiamento estudantil, com programas como o FIES e o crédito educativo privado, proporciona oportunidades para o acesso à educação superior e pós-graduação.
No entanto, é essencial compreender as distinções entre o crédito educativo e as bolsas de estudo, pois cada opção acarreta implicações financeiras diferentes.
Enquanto o financiamento requer reembolso com juros no futuro, as bolsas oferecem suporte direto, frequentemente subsidiado pelo governo.
E no mais, o investimento na educação representa um investimento no futuro do Brasil, contribuindo para um país mais qualificado, inovador e próspero.